Exercício em jejum: será que vale a pena?

     Depende da intensidade, pois pode trazer mais prejuízos do que benefícios, se realizado na dose errada. O segredo do exercício para quem está realizando uma dieta com redução calórica está no controle da intensidade. Ela deve ser de leve a moderada, e não pode passar de uma hora por dia. Uma caminhada, por exemplo, deve ser feita sem que a pessoa chegue a ficar ofegante. Se estiver muito elevada o desempenho cai e aí a queima daquelas gordurinhas indesejadas vai po água abaixo. Elas ficam quase intactas, enquanto o desgaste vai todo para a massa muscular, o que dificulta ainda mais o processo de emagrecimento.
     Isso acontece quando o exercício usa toda a reserva de carboidratos complexos do músculo, o chamado glicogênio muscular. Sem essa reserva de energia, o organismo começar a se utilizar da proteína muscular para se manter funcionando. Ou seja, ele passa a queimar a massa magra, a massa muscular, em vez de gordura.
     O exercício em jejum, no entanto, apresenta bons resultados em pessoas com um pouco de sobrepeso. “O organismo retira a gordura do músculo, e o músculo repõe essa gordura usando as reservas do tecido adiposo (os pneuzinhos indesejados do corpo)”.
     Você pode acordar, escovar os dentes e sair para caminhar sem comer nada. O exercício em jejum é válido, dentro de algumas condições, mas precisa ser feito com algum preparo. O primeiro deles é um bom jantar na noite anterior. Se você comeu pouco e acordou com muita fome, nada de exercícios antes de se alimentar. Isso pode colocar a saúde em risco, causando fadiga e câimbras, além de tonturas e desmaios.

Adaptado de: http://saude.ig.com.br/bemestar/exercicios+em+jejum+pode/n1237741565862.html